Uma frase antiga conhecida por todo cirurgião é a de que “Grandes incisões, grandes cirurgiões”! É fascinante verificar que essa “verdade” mudou drasticamente na Urologia há apenas algumas décadas.
Esse conceito de realizar procedimentos cirúrgico utilizando pequenas incisões e olhando por meio de um instrumento ótico (Laparoscopia) foi feito pela primeira vez em humanos em 1911, na Alemanha. No entanto, muitos avanços precisaram ser implementados e, um procedimento cirúrgico como a retirada da vesícula biliar só foi possível ser feito na metade da década de 80.
Na Urologia, cirurgias laparoscópicas para a retirada do rim e da próstata, caso extremamente desafiador para a época, só foram feitos em 1991 e 1992, respectivamente.
Apesar de todos os anos que antecederam esses primeiros passos, a cirurgia robótica veio ganhar autorização no final da década de 90 e começo dos anos 2000, sendo realizada nessa época também a primeira prostatectomia radical (cirurgia para o câncer de próstata) por via robótica. Hoje, o uso dessa tecnologia para a realização desse procedimento é uma das indicações mais aceitas.
Na sequência, cito alguns benefícios da cirurgia robótica, que fazem com que haja essa aceitação!
- Pequenos cortes no abdome
- Menor risco de sangramento
- Menor tempo de internação hospitalar e retorno mais cedo para as atividades do dia-a-dia
- Maior liberdade de movimentos, permitindo com que o cirurgião alcance e execute movimentos mais amplos
No caso das cirurgias feitas pelo Urologista, uma série de estudos já chegou a evidenciar que o retorno da continência urinária e a capacidade de preservação da ereção podem ser melhores com a cirurgia robótica. Já para as cirurgias por tumores renais, essa maior amplitude e delicadeza de movimentos é capaz de executar retirada de tumores com a preservação do restante normal do rim, inclusive de tumores que ofereceriam uma dificuldade maior por outras técnicas.
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